Para Lotowski.
De tempos em tempos a razão perde o fio a meada, consumindo lixo tóxico nuclear, inflamando todo o oxigênio, envenenando-o. E é simples perceber que a cultura, se é que pode-se chamar assim, carece de bom senso e racionalidade. De que vale os belos lançamentos se o objetivo nunca, ou quase nunca, é alcançado?
A felicidade não perdura nos existencialistas, amargos e inexplicavelmente maduros contra sua própria visão de ser. Encarando dúvidas... Deve-se fugir do futuro proposto por Isaac Asimov? Talvez deva-se entrar bruscamente nos sonhos perfumados de vanguarda de Neruda, quando ele diz: “ DESEMBARQUEI em Picasso às seis dos dias de outono[...]”. A realidade é fria, meu irmão... Mas devemos respira-la, obviamente desacredita-la e por fim masturba-la em palavras com pouca importância aos olhos de um futuro próspero. Não fugir do ataque dos fantasmas passados seja talvez a única forma de entender o vacilo de nossas enfraquecidas lembranças, para que nossas cabeças se encham de paz, amor e rock and roll. É necessário sorrir, sorrir pra não chorar.
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