quinta-feira, 26 de junho de 2008

Partir.

E então aqueles leves flashes se foram para nunca menos. E as bactérias desse amor idiota acabaram por se dustruir facilmente na cabeça, agora salva, do meu ser. Sem tomar remédio algum consegui construir uma fortaleza entre aquilo que sou e o malígno do tempo. Sem tempo para meus atos. Sem atos para propor ao tempo. Morro então.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Sobre a falta da viva afeição que nos empurra para o objeto de nosso desejo.

Quem espera uma grande explosão pode, no final das contas, conseguir ser atingido. É o que passa por minha cabeça lúgubre por quedas passadas, pois não há mais viço, muito menos vícios, que podem me levar a satisfação de um amor qualquer, a não ser a espera.
Me sinto cheio de vontade, mas isso de nada adianta. As voltas pelo mundo irradiante são, por acaso, uma pira e nós, sem saber, queimamos até a separação.
O sexo congela e tudo foge daquele normal, que hoje não passa de uma brisa, uma viração... que sopra pra fora do corpo uma enferma negação do bom e do melhor que o amor pode lhe apresentar.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Sobre o tempo.

Será que cabem tantos hojes no amanhã da mesma forma que cabem ontens dentro de hoje? Leminski já tocou nesse assunto, mas sem envolver os hojes no amanhã... Deve ser porque ele não sabia se estaria vivo no amanhã daquele fatídico dia. Meu amanhã eu quero moldar, baseado no passado e baseado no futuro também... Pois de nada vale minha real declaração se eu não mais conseguir ter aquilo que quero em determinados momentos. Na busca eu estou, irmão, e estou cansado. É a canseira de querer o real fora daqui. Fora daqui! Fora de mim! Mas ainda é cedo para terminar... pois tenho muito trabalho pela frente: tentar socar esses malditos hojes de todos dentro do próximo amanhã, fumando cada minuto.

Pouco contraste.

As partes de baixa energia, de pouco contraste, não se fundem... Portanto não se forma um fundo para abrigar tolas formas. A nossa visão é um tanto barata e enganadora. Temos que nos colocar como fundo para sermos mais simples, porém maiores que o resto.
A clareza do fim da ilusão se torna evidente aos nossos vazios e enfermos olhos. Que diabos nós vemos??? - O que vemos simplesmente destrói a irrealidade. Temos que não ver! Não ver e com outros olhos enxergar... Com os olhos da mente, da arte dadá ou surreal. Ou então viver no meio da névoa, sem distinguir quem ou o quê estamos prestes a esbarrar...
Fuja da fuga (eco...)!!!

Visão do fato ''homem e mulher''.

Eu não vou ficar falando de amor... Pois o amor é a fraquesa de todos, a fraquesa do ser, do pensar... Amar... A malícia de tentar ter aquela velha e inconstante certeza. Traição do seu eu, eu seu, meu seu, seu meu...
Infarto de busca e canseira de beijos e sexo. Sexo de olhos, sexo infame e complicadamente simples. Homem é a indelicadesa de ser, notícia ruim... Traição. Explicando o ruim, na visão panorâmica, pode ser a divisão dos fatos... Interessantes ou não... Inimigos ou não, saudade e assassinada vontade... Mulher é a loucura de ilusão... Também traição... Na alusão pensativa do prazer carnal. O homem e a mulher ( sejam com seus pares ou não) representam juntos toda a razão da humanidade... Que a existência romantizou e as gerações banalizaram para sempre... Ó! Aquela velha razão natural... Milagre natural do qual muitos não podem fugir.

"Um econtro entre dois seres que se completam, que são feitos um para o outro, já define, em minha opinião, um milagre.'' (Adolf Hitler)

terça-feira, 11 de março de 2008

Luz de assalto.

Aqui some a luz de assalto que perfura o corpo e termina os minutos. Pretexto insano, és tão gelado! Se o tempo é suicídio do contratempo, me acho sem razão.

Dor-dúvida.

Para Pathy Ranghetti.

Não existe, talvez, a noção quente de espaço ilusório, fisicamente impossível, que desenvolve a mais desinteressante linguagem do ''não sei'' impulsionado pela nota mental ''fala algo logo''... Num diorama dramático montado nas nuvens do barulho de nossas... hum... Explosões... Mentes-catastrofes, mirabolantes e desesperadas... Por amor a qualquer coisa. Uma simples dor, cor que percorre em linhas inimigas com palavras de riquesa insana dominada por avarezas e azares... Nos ares da infelicidade negra. Você sempre sabe o que falar em qualquer momento... Precisa-se aprender a colocar dores-dúvidas de lado... Resposta é tão simples. A insanidade da realidade não permite a compreensão rápida das palavras agora lidas... Mas a explicação apaga qualquer raio de graça que sinto ao observar a dor-dúvida.

Juventude branqueada.

Para as tardes na Ivete.

No solo de vaidades, deixo meu longo sinal. Não tem quartos ou salas ou casas ou infernos de bucetas para um bom descansar de cabimentos infinitos. Em 2008 me encontro, e também meu grupo, cheio de dúvidas e incertezas pesadas. Garotas em apuros, garotos a existencializar. Juventude branqueada. O sol queima por instantes compridos e a garoa, borracha do sol, cai quando conseguem um espaço na cidade fria mal educada. Então nao vale a pena valer a pena. Como será que cabem tantos sofreres de yan no sofrer na alma? Você pode me dizer um complicador... é, eu sou.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Sobre o Sol.

Sou uma máquina. Uma fumaça. Uma bagaça qualquer... Caminhante desiludido pelos sistemas de comando. Os robôs invadem o centro da cidade a todo o momento. Vivo numa explosão de passos inseguros. Algo ardente na estrada de terra. Terra insana, terra minha. Uma crise quase breve, quase que consegue afinar o desgosto. O amargo. Somos a dualidade do ser... A tola canção de McCartney ou a venenosa de Lennon... O real, porém a mentira. Entende quem consegue. Entende do jeito que bem entender.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Ataque dos fantasmas.

Para Lotowski.

De tempos em tempos a razão perde o fio a meada, consumindo lixo tóxico nuclear, inflamando todo o oxigênio, envenenando-o. E é simples perceber que a cultura, se é que pode-se chamar assim, carece de bom senso e racionalidade. De que vale os belos lançamentos se o objetivo nunca, ou quase nunca, é alcançado?
A felicidade não perdura nos existencialistas, amargos e inexplicavelmente maduros contra sua própria visão de ser. Encarando dúvidas... Deve-se fugir do futuro proposto por Isaac Asimov? Talvez deva-se entrar bruscamente nos sonhos perfumados de vanguarda de Neruda, quando ele diz: “ DESEMBARQUEI em Picasso às seis dos dias de outono[...]”. A realidade é fria, meu irmão... Mas devemos respira-la, obviamente desacredita-la e por fim masturba-la em palavras com pouca importância aos olhos de um futuro próspero. Não fugir do ataque dos fantasmas passados seja talvez a única forma de entender o vacilo de nossas enfraquecidas lembranças, para que nossas cabeças se encham de paz, amor e rock and roll. É necessário sorrir, sorrir pra não chorar.

quarta-feira, 5 de março de 2008

1° Ato.

Triste daquele que no coração não possui anjos ou demônios externos, atirados no fim da razão entorpecida e vingativa, que perdida... Perdia as cores. Pré-programada como uma chama fria e aluna, no vale raso de sentimentos e palavras saudosistas e fracas, colossais e impuras. Imagens antidepressivas então vagam pela sala de estar e existencializam nosso poder de compreensão incerta, que ofusca a raiz de um sonho, de uma extensão de nossas mentes. O zumbido dessa estranheza toca os ombros daqueles que, ébrios, engatam a ré e dão o nó... Acredite ou não, essa é a sorte, toda a sorte.